Após 23 dias de governo em total namoro com a população e com os parlamentares da cidade de Mauá, o prefeito Átila Jacomussi se deparou com a primeira crise de sua administração. Não foi nenhuma denuncia de irregularidades, sobrepreço, ação impopular ou até mesmo a criação de uma oposição inesperada. Átila se vê no meio de uma briga de casal que lhe custará todo um projeto futuro.
A informação divulgada na segunda (23), de que a ex-deputada Vanessa Damo (PMDB), se apresentou numa delegacia para dar parte de seu marido, Orosco Jr. sob alegação de que seu companheiro a agredia fisicamente e psicologicamente, levou uma crise para dentro do Paço.
Orosco tinha um acordo com Átila de ser o candidato a deputado federal do paço em 2018, fazendo dobrada com Admir Jacomusi (pai de átila), que lutaria por uma cadeira no legislativo estadual. Porém, Átila precisa lhe dar com a pressão de sua vice, Alaíde Damo, mãe de Vanessa e do pai da ex-deputada, Leonel Damo, que é de fato dono do capital eleitoral da família, e obviamente querem justiça ao genro.
Caciques do PMDB estadual já demonstraram total apoio a Vanessa Damo, e defendem punições ao atual presidente da sigla, Orosco Jr. O governo Átila terá que decidir se mantém seu acordo com a família Damo ou com Orosco. Demiti-lo e vê-lo passar para uma oposição, ou acolhê-lo e ter a opinião pública carimbando o governo como acobertador de violentador de mulher. Além, de uma possível racha dentro do próprio Paço.
Já diziam os mais velhos: briga de marido e mulher, ninguém mete a colher… Porém o caso é grave e público, Átila precisará escolher um, e preterir outro.
Eu aposto que a família Damo ganhará esta briga e que Orosco, que teve apenas 9 votos para vereador, perderá a queda de braço.