O racha entre os caciques do PSDB ficou exposto, após a reeleição do senador mineiro, Aécio Neves à presidência da sigla. Uma articulação feita entre o Ministro das Relações Exteriores, José Serra, o ex-presidente, Fernando Henrique Cardoso e o próprio Aécio teve como principal objetivo barrar o governador paulista, Geraldo Alckmin.
A reunião da executiva foi marcada para discutir a conjuntura política do País, mas na pauta estava também a eleição para a presidência da sigla. Questionado por jornalistas na sexta-feira (16) sobre o que achou de Aécio continuar no comando do PSDB ate maio de 2018, Alckmin disse que não iria comentar.”Eu não vou fazer nenhum comentário sobre isso”, disparou Alckmin.
O fato é que os planos de Alckmin de disputar a presidência da República pelo PSDB e apoiar seu vice, Márcio França(PSB) ao governo de São Paulo, ficaram mais difíceis. Alckmin terá que enfrentar o levante do grupo de Serra e FHC que não concordam em entregar o governo do estado ao PSB, e defendem candidatura própria.
O plano B do governador seria migrar para o partido de Márcio França e disputar a presidência pelo PSB, porém, a cúpula nacional do partido está concentrada em Pernambuco, local onde a sigla tem posicionamento mais a esquerda e não vê com bons olhos a candidatura de Alckmin.
Alckmin saiu vitorioso nas eleições municipais ao eleger no primeiro turno seu apadrinhado político, o empresário, João Doria na capital e criar o cinturão azul na região do ABC, com quatro prefeituras do PSDB e três de partidos aliados, PV e PSB.
Tudo isso se não cair todo mundo com as delações da Lava-Jato.