Por Samuel Boss
Acompanhei na última quinta-feira (12/4) a Sessão ordinária da Câmara Municipal de Santo André e confesso que nem Rivotril dá tanto sono quanto a atual legislatura.
Não há discussões, debates importantes, não há apontamentos inteligentes de problemas regionais, tampouco o uso enriquecedor da tribuna. O que há é a leitura das indicações e a explanação dessas.
Santo André já foi palco de debates importantes e enriquecedores, mas hoje míngua no esvaziamento de conteúdo. E a prova disso é a total ausência dos veículos de imprensa acompanhando os trabalhos.
lembro-me da importância que era dada pelos veículos de comunicação para as sessões de Santo André, conheci a maioria dos meus colegas jornalistas no plenarinho da Casa.
Clima morno, sem parlamentares com posições definidas, hora de um lado, hora de outro. inclusive o falastrão sargento Lobo (SD) que já foi o maior defensor do prefeito Paulo Serra (PSDB) e por razões óbvias, pulou para o lado da oposição.
Ele até poderia liderar uma oposição na Casa, mas lhe falta qualidade no discurso e inteligência na condução de suas críticas. Lobo grita, grita e grita, mas nem mesmo a voz é grossa o suficiente para botar medo em alguém. É uma buzina parlamentar: apertou ele grita.
O PT continua na defensiva, esperando que o mau momento político para sigla passe rápido. É difícil ver um parlamentar petista levantar questões ou bater firme no governo. Estão pensando a longo prazo.
A base é daquele jeito: às vezes finge que bate e às vezes finge que defende.
O que se produz aos montes na Câmara de Santo André, são as Sessões Solenes e as homenagens diversas. Porém, a solenidade é feita para o homenageado, sua entidade e sua família apenas. Não contribui em nada na construção de uma cidade eficiente.
Quem perde é o próprio andreense que não vê (com raríssimas exceções) perspectiva de novas lideranças para o futuro da cidade.