Por Samuel Boss
As eleições de 2020 se aproximam e os principais protagonistas de Ribeirão Pires já se movimentam buscando aumentar musculatura.
Clovis Volpi fortaleceu o PL (Partido Liberal), incluindo no diretório o Centro de Formação de Políticas Públicas. Com aulas sempre bem frequentadas e a presença de grandes lideranças da cidade, traz ao ex-prefeito o prestígio de liderança.
O vereador Amigão (PTC) em seu primeiro mandato conseguiu se destacar dos demais parlamentares. Um trabalho bem organizado nas redes sociais o colocou como candidato natural na disputa.
O prefeito Kiko Teixeira (PSB) tenta equilibrar a gestão de uma dívida herdada e a necessidade de apresentar políticas públicas para população. Com as movimentações das outras peças do tabuleiro, o prefeito foi obrigado a voltar às ruas.
Volpi terá o problema de convencer os eleitores que sua saída para Mauá em 2016 foi apenas um devaneio, um erro estratégico, um namoro de verão. A escolha do vice também contará muito para o sucesso eleitoral do ex-prefeito, além do discurso coletivo de renovação na política.
Amigão tem um bom discurso, tem pinta de candidato, mas peca na execução de suas estratégias. O atropelo da crítica pela crítica, e essa sana de colocar seus pares da Câmara como ‘profanos’ e apenas ele como ‘puro’, afasta a possibilidade de se ter coalizão e um grupo forte. Amigão precisa de um estrategista mais velho para equilibrar a ansiedade da sua juventude.
Kiko naturalmente crescerá no último ano de mandato. Tem a máquina para agregar aliados e entregará algumas obras nos bairros que lhe trará de volta alguns votos perdidos nestes dois anos e meio. Porém, o prefeito tem ainda a sombra da questão jurídica. Com duas condenações em segunda instância, fica sempre a dúvida sobre a possibilidade real do registro de candidatura.
Uma coisa é certa, se o cenário permanecer o mesmo, estão aí o primeiro, o segundo e o terceiro lugar nas eleições de 2020. Só basta saber quem conseguirá vencer a disputa e quem amargará as demais posições.