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Artigo: Guarda-chuva pra quê?

Por Gerson Moura

Infelizmente, já é tradição em Mauá a preocupação das famílias durante o verão. Mas, hoje em dia, esse alerta não é somente para quem mora nas áreas de risco, pois outras regiões da cidade também têm sofrido com o alto volume de chuvas típico dessa época do ano. Se o problema é tão comum e conhecido por todos, o que falta para que a administração pública procure soluções para ele?

A questão das enchentes e dos desmoronamentos por chuva sempre foram uma preocupação da Defesa Civil. Houve uma época, inclusive, que essa era a prioridade número um e um sistema de monitoramento de ponta fazia a medição do movimento da terra e das chuvas no município para evitar uma tragédia antes mesmo de ela acontecer. Esse é o caminho ideal, aliás, a prevenção, e ao contrário do pensamento comum, existe uma juventude engajada em evitar novos episódios catastróficos no município, como o do início de 2019.

Cinco alunos da Escola Estadual Olavo Hansen, onde também estudei, tiveram uma experiência recente no Japão em busca de soluções de Defesa Civil para o problema das chuvas em Mauá. Maryllin, Samuel, João Vítor, Renan e Diego viajaram para o outro lado do mundo com a professora de inglês Ana Paula Tavares para descobrir o que os jovens de outros lugares do globo terrestre têm feito para evitar tragédias causadas pela natureza (após intervenção humana, é claro). Eles participaram da Conferência Internacional de Alunos do Ensino Médio, ao lado de outros 50 países, em especial ao Dia Mundial de Conscientização dos Riscos de Desastres Naturais. A bagagem dessa experiência toda é incomparável, mas até agora de muito pouco serviu ao município, uma vez que a administração pública não se interessou em buscar nesses estudantes a inovação necessária para acabar com as consequências de fortes chuvas em uma cidade que mal investe em prevenção de enchentes e desmoronamentos.

A Maryllin, o Samuel, o João Vítor, o Renan e o Diego, assim como eu, conhecem bem essa realidade. Vivemos na periferia, nos morros. Estudamos no ensino público, na comunidade. Sabemos o que acontece quando chove, mas o governo parece desconhecer essa realidade. Ao abrir um programa chamado Guarda-chuva só fica mais evidente a tentativa póstuma de solucionar o problema. O guarda-chuva só é necessário quando chove, mas e antes de cair o céu na terra, o que é feito para evitar a perda de novas famílias e novos lares?

Bastidor Político
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Redação do site Bastidor Político. Veículo criado em 2016 com intuito de levar os bastidores da informação.

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