A candidatura de Atila Jacomussi (União Brasil) para prefeito de Mauá está agora no TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo), que é a segunda instância. Isso aconteceu na segunda-feira (09/09). Enquanto isso, Atila tenta resolver sua situação na 217ª Zona Eleitoral de Mauá. O Ministério Público Eleitoral (MPE) apresentou argumentos contra o recurso de Atila.
O MPE argumenta que a inelegibilidade de Atila está clara devido a problemas graves nas contas da sua gestão. Segundo eles, essas contas mostram “irregularidades insanáveis” que indicam improbidade administrativa. Os relatórios do Tribunal de Contas destacam problemas como desequilíbrio fiscal, investimento insuficiente em educação e falta de pagamento de precatórios.
O MPE também ressalta que Atila foi alertado várias vezes pelo TCE sobre esses problemas, mas continuou cometendo os mesmos erros, o que resultou em sucessivas rejeições das suas contas. Isso também foi reforçado pelos advogados da coligação “Verdade para Mauá Avançar”, liderada pelo prefeito Marcelo Oliveira (PT), Fernando Gaspar Neisser e Paula Bernadelli.
A defesa de Atila argumenta que o julgamento da Câmara Municipal foi mais político do que técnico, enquanto os Tribunais de Contas avaliaram as contas de forma técnica e financeira. Eles afirmam que, quando os Tribunais de Contas não apontam malversação de recursos, as decisões do Legislativo não deveriam restringir os direitos políticos.
Atila está correndo contra o tempo. De acordo com o calendário eleitoral, o prazo final para substituir candidatos é 16 de setembro. Informações do Diário do Grande ABC indicam que a chapa de Atila está considerando a ex-primeira-dama Andreia Rios como possível substituta. Se não houver mudanças e o recurso não for aceito a tempo, os votos para Atila podem ser anulados nas eleições de 6 de outubro.
