Nesta terça-feira, as merendeiras das Emebs (Escolas Municipais de Educação Básica) de São Bernardo iniciaram uma greve e fizeram uma manifestação no Paço da cidade. Entre as queixas, elas apontam o atraso no pagamento do último salário e do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), a ausência de substituições de uniformes e relatam assédio moral supostamente praticado pelas supervisoras da Soluções Serviços Terceirizados, a empresa que as contratou na cidade.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Alimentação Coletiva e Merenda Escolar do Grande ABC, as dificuldades impactam cerca de 400 colaboradores. Com o suporte do sindicato, elas deram um prazo até esta quinta-feira para a resposta da empresa terceirizada e prometem não retornar ao trabalho enquanto o problema não for resolvido.
“O pagamento do salário deveria ter ocorrido no dia 5.” Na segunda-feira, elas foram ao trabalho. Na terça-feira, convidaram-nos a comparecer à Prefeitura para solicitar esclarecimentos tanto da empresa quanto do Paço. Continuaremos com a greve. Se não houver uma resposta em 48 horas, conforme estipulado por lei, voltaremos a realizar protestos, declarou o líder do sindicato, Genivaldo Barbosa.
De acordo com o representante, o período é destinado à empresa comunicar todos os problemas identificados.
Existe o problema das queixas das colaboradoras sobre assédio moral praticado pelas supervisoras da Soluções. São declarações anônimas que enviamos à companhia. Ele mencionou os atrasos de FGTS e salário. A convenção coletiva também estabelece que elas devem ter, no mínimo, três trocas de uniforme, o que não tem sido observado. É um uniforme rasgado, uma vestimenta de tamanho inadequado, calças transparentes. Comunicamos à companhia sobre a paralisação e estamos à espera de uma resposta. “Não se trata apenas de pagar o salário, mas também de esclarecer tudo o que está sendo discutido”, concluiu Barbosa.
