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Hospital Municipal Diadema discute papel do profissional de saúde no SUS

Atividade faz parte das ações do Setembro Amarelo e ressaltou a importância de ter espaços de escuta e acolhimento para trabalhadores da saúde

Repensar o papel de cada profissional dentro do Sistema Único de Saúde (SUS) é uma etapa importante para torná-lo, a cada dia, mais humanizado e acolhedor, tanto para paciente quanto para quem cuida dos doentes. Nesta quarta-feira (14/09), a Prefeitura de Diadema, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), promoveu a roda de conversa “Quem somos nós no SUS”, com o intuito de promover espaço de reflexão para trabalhadores do Hospital Municipal de Diadema (HMD) dentro da programação do Setembro Amarelo, mês dedicado à prevenção do suicídio. Neste ano, as ações buscam ressaltar a defesa da vida.

“É um espaço de conversa e reflexão do trabalho, da importância de como os trabalhadores estão, considerando o desgaste da pandemia”, explicou a psicóloga e apoiadora da Atenção Básica da SMS, Nancy Yasuda. A atividade, organizada pelo GT Humaniza SUS, iniciou com a apresentação do Coral do HMD. “Nosso objetivo era fazer com que alguns funcionários falassem de seus sentimentos pós enfrentamento à covid-19. Teve uma entrega de experiências e sofrimentos, porém percebemos que o sofrimento se tornou menor quando um amparava o outro”, explicou a coordenadora da Fisioterapia e do Núcleo de Segurança do Paciente do HMD, Sarita Ragucci.

A terapeuta ocupacional e apoiadora da Atenção Básica da SMS, Denise Miyamoto de Oliveira, uma das facilitadoras do encontro, leu o poema “As meninas hospitaleiras”, de Cecília Meireles, para abrir a discussão. “O poema vai falando do lugar dos trabalhadores do hospital, tidos como são anjos, que muitas vezes não sofrem, não sentem dor, não tem histórias e estão ali só pra cuidar. Isso acaba sendo referência para quem está ali no hospital porque nós somos humanos. Como não se perder desse lugar humano do profissional da saúde e não do super herói, que não sente dor?”, questiona.

Um dos caminhos para fortalecer esse apoio, dentro ou fora do ambiente de trabalho, é a empatia. “Enquanto profissionais precisam deixar a dor deles de lado para cuidar do outro. A gente não consegue resolver a dor do outro, mas nossa posição na vida é estar ao lado. A gente não está sozinho e o outro também não está sozinho. Então, precisamos ter redes de cuidado, espaços de fala e acolhimento, posturas e relações acolhedoras no trabalho”, explicou Denise.

Aproximadamente 50 profissionais participaram da atividade. “Foi gratificante. Pretendemos levar as rodas de conversa para frente, junto com as equipes, onde a gente possa ouvir as queixas, trocar experiências de uma forma leve e suave, traçar os nós críticos e alcançar soluções juntos. Conseguimos valorizar nossos funcionários como pessoas, como seres humanos dentro do SUS, enfatizando a vida e o autocuidado”, finalizou a diretora assistencial do HMD, Denise Pelegrin.

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