Na Grande São Paulo, a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) é responsável por uma parte significativa do transporte público ferroviário. De acordo com a concessionária, os usuários do ABC representam 7% dos 204 mil passageiros que utilizam os trens diariamente.
No entanto, o serviço apresenta problemas, especialmente nas estações de Mauá e Santo André, onde a acessibilidade para pessoas com deficiência (PCDs) é insuficiente. A CPTM informou que um edital para obras de melhoria nessas estações será publicado ainda neste semestre.A Lei 782/2019, promulgada em 25 de junho de 2019, tornou obrigatória a adaptação das estações e demais instalações da CPTM para garantir total acessibilidade às pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.
Apesar dessa exigência, ainda há desafios significativos para a locomoção dentro de algumas estações. O cadeirante Márcio Barzi, de 49 anos, ativista das causas PCDs, destaca as dificuldades enfrentadas em Mauá. “Mesmo pegando o trem em Guapituba, a locomoção é muito mais fácil do que em Mauá, que possui uma estrutura desfavorável para pessoas com deficiência. Quem embarca em Mauá precisa ir até Capuava ou Guapituba para encontrar uma rampa que permita a transferência entre plataformas, o que é um absurdo”, critica. Ele reconhece que, apesar das limitações estruturais, os colaboradores da estação prestam um atendimento eficiente.
