Na tarde da última quinta-feira (31) a prefeita interina de Mauá, Alaíde Damo (MDB) esteve reunida com o prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB) em seu gabinete no Paço. A grande surpresa foi a presença do vereador de São Bernardo do Campo, Rafael Demarchi (PRB) na conversa.
A presença do parlamentar de São Bernardo expõe a bagunça institucional que vive o governo Alaíde. Poucas informações se tem da prefeitura, não se sabe quem é o articulador do governo, o responsável pela comunicação da gestão, quem de fato manda, e por fim, qual secretário seria encarregado de acompanhar uma pauta regional como essa ocorrida em Santo André.
É provável que para a prefeita, os 23 vereadores de Mauá, mesmo os do PSDB (partido do prefeito Paulo Serra), além de todo seu secretariado, inclusive a pasta de Relações Institucionais não teriam capacidade de liderar tal agenda.
E mais. É provável que São Bernardo do Campo não necessite da fiscalização e empenho de seu parlamentar que está mais preocupado com cidade vizinha, na qual, sua esposa, Laura Micaela Demarchi é secretária de Política Públicas para Mulheres, do que com seu próprio município.
Foi apresentado como uma das pautas, a questão da falta D’água. Ou seja, Alaíde foi pedir ajuda para Paulo Serra que também precisa de ajuda na mesma área.
Outro ponto foi a liderança de Paulo Serra à frente do Consórcio, no entanto, Alaíde poderia fazer tais pedidos formalmente na primeira reunião de prefeitos que ocorrerá na próxima semana.
O fato é, após o caos político em Mauá causado pela prisão do prefeito, Atila Jacomussi (PSB) e de seu secretário, João Gaspar (PCdoB) e das buscas feitas pela PF na casa de 22 vereadores, não é possível saber quem é o cacique que lidera a cidade. E com isso, até vereador de cidade vizinha representa Mauá em agendas oficiais.
Demarchi faz parte do grupo de amigos pessoais da filha da prefeita, Vanessa Damo, assim como o vereador de Ribeirão Pires, Amigão D’orto (PTC). Ambos indicaram nomes para cargos de comissão no governo, e ambos pretendem migrar para o PSL junto com Vanessa.
Essa crise institucional não vai acabar tão cedo, nem mesmo os necessitados de mídia alheia.