Por Samuel Boss
A lei que acaba com as coligações proporcionais valerá para as próximas eleições municipais de 2020, e com a nova regra “donos de partidos” terão de aprender a fazer chapa e abandonar a estratégia de se “enfiar” numa coligação para conseguir se eleger.
Quando digo “donos de partidos”, me refiro a vereadores que detém a nominata de uma sigla partidária e que faz dela seu passaporte para a eleição. Geralmente são eleitos na somatória geral da coligação, porém, agora vão precisar montar um time competitivo para permanecer no poder.
Partidos de um nome só deixarão de existir na próxima eleição, e os vereadores-presidentes de partidos precisarão a se mexer, ou então, estarão fora do parlamento.
Eis aí o grande desafio para os vereadores detentores de nominata: precisarão entregar para quem de fato sabe montar chapa, agregando novas lideranças com capilaridade política, ou então precisarão se filiar a siglas organizadas.
Partidos como PT e PSDB que são os mais organizados com diretórios constituídos saem na frente com a nova legislação. Pequenas siglas comandada com nominata provisória precisarão afinar o discurso para atrair novos filiados.
O especialista em direito eleitoral, advogado, Leandro Petrin alerta para o financiamento de campanha.
“Hoje nós temos o financiamento público de campanha e com a cláusula de barreira alguns partidos perderam o fundo partidário, o repasse é feito para os diretórios estaduais e estes para os municipais“, comentou.
“O fim das coligações é bom para a política, os partidos precisarão buscar votos para poder existir”, analisa.
Os partidos que ficaram sem o Fundo Partidário a partir das eleições do parlamento federal foram: Rede, Patriota, PHS, DC, PCdoB, PCB, PCO, PMB, PMN, PPL, PRP, PRTB, PSTU e PTC.