A Primeira Turma do Superior Tribunal Federal (STF) divulgou, nesta segunda-feira (11), o resultado negativo dos julgamentos de dois embargos referentes ao processo contra o prefeito de Ribeirão Pires, Kiko Teixeira (PSB). A decisão pode ser considerada boa e ruim para o prefeito; boa, pois vai revelar rapidamente os “traíras” que estão camuflados em seu governo, e ruim, por que a situação jurídica do socialista não é nada boa.
Segundo um advogado eleitoral (que preferiu não se identificar), “o próprio STF que confirmou a decisão do Ministro Fachin em considerar o atual prefeito sem condições de elegibilidade. Ainda existe um outro recurso no TRE para ser votado, provavelmente esse mês.”
Esse imbróglio jurídico que se afunila a cada dia na Estância, provoca um frisson nos políticos da cidade. O presidente da Câmara, Rubens Fernandes, Rubão (PSD), não deve nem ter dormido direito esta noite com a possibilidade futura de ser prefeito por alguns dias. Seus pares o rodeando, como fazem com qualquer um que sente na cadeira do executivo. Na política ainda falta lealdade e sobra sorrateirismo.
Dentro do governo Kiko, a decisão do STF vai começar a expor pouco a pouco os infiéis. Assim como no processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, onde o conhecido Gilberto Kassab (PSD) chefiava o ministério das Cidades, abandonou o posto uma semana antes, colocou o PSD para votar a favor da saída da petista, e uma semana depois já era ministro do Temer. Assim também ocorrerá com Kiko.
Muitos nomes do primeiro e segundo escalão da equipe de Kiko já estão se articulando com os chamados “inimigos” e “adversários”, participando de reuniões secretas e de conversas conspiratórias. Kiko ainda não pode bater “a mão” na mesa e apontar o dedo na cara dos “traíras”, por que a fragilidade jurídica o impede, mas o prefeito já sabe quem é quem.
Difícil é governar uma cidade sem ter 100% da caneta na mão, a liderança fica fragilizada. Kiko poderia estar fazendo um governo melhor, mas sua situação jurídica atrapalha. O time não está jogando junto com o técnico, cada um da equipe está pensando no seu prórpio futuro, e nisso, a cidade sofre com a falta de comprometimento dos políticos.
Pouco a pouco a cidade vai saber os nomes dos traíras, afinal, eles estão sempre rondando os governos da cidade. Buscam sempre um espaço seja no governo Volpi, Saulo, Kiko e quem vier a ser prefeito. São os camaleões, os aproveitadores do poder, querem apenas defender “o seu”.
Espero de coração que essa novela termine, e fique claro, quem são os mocinhos e os bandidos, caso falte o papel de mocinho, a gente contrata um marqueteiro e inventa um, para colocá-lo num santinho de uma possível eleição.