Se a Zona Azul não dá lucro, por que a Aciarp não larga o osso?

Por Samuel Boss

No início do ano eu tive acesso – via lei de acesso a informação – a prestação de contas da Aciarp, e pasmem! A entidade apresentou números que revelam que no período de 2017 a entidade arrecadou R$ 614.113,00 com venda de talões de Zona Azul, regularizações e Cartão Comerciante, porém, os dados financeiros apontam que o lucro no período de 12 meses foi de R$3.918,08 ou seja R$ 326,51 ao mês.

Se a Aciarp ministra cursos de capacitação e gestão aos seus associados, como pode apresentar números que colocam em xeque a sua competência administrativa?

Se o lucro mensal é de apenas R$ 326,51 por que não largam o osso e deixa uma empresa privada com capacidade de investimentos gerir a Zona Azul da cidade?

A decoração de natal e algumas pinturas foram anunciadas pela Aciarp como contrapartida para a cidade por administrar os estacionamentos das vias públicas. Será que uma empresa especializada não poderia fazer mais?

Se não há lucro, por que ainda insistem no serviço? E se insistem, será que realmente não há lucro? Os números estão de acordo com a insistência da entidade em permanecer operando o serviço?

Ora, a entidade representa uma classe comercial e agrícola que tem como objetivo o lucro, estaria a Aciarp deixando seu DNA comercial para exercer o filantropismo em troca de R$ 326,51 por mês?

Os bailes e a estrutura da entidade nos mostram o inverso. E está na hora da prefeitura tomar providência sobre isso.

Samuel Boss
Iniciou sua carreira na criação do Blog do Vereador que se transformou no jornal de sátira política, Quarta Ordinária. Escreveu para os jornais Estação Notícia, Repórter Diário e Opinião Pública. Foi editor do Jornal A Voz de Ribeirão Pires e criador da TV São Caetano. Teve programas na TV+, EcoTV, TVABCD, Repórter Diário e Rádio ABC.
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