Mais do que administrar a cidade, Paulo Serra terá que administrar o ego dos pré-candidatos de 2018

Por Samuel Boss

Paulo Serra está se saindo bem como gestor da quinta maior cidade do estado. Ainda é cedo, mas as ações dos dois primeiros meses demonstram vontade do prefeito, e mesmo que Paulinho utilize de ações caricatas e populistas para apresentar seu modelo de gestão, ainda assim, é preciso reconhecer a boa vontade do tucano, e daqui um tempo, teremos mais dados para analisar os resultados práticos dessas ações.

Mas além de administrar essa potência de máquina pública chamada prefeitura de Santo André, Paulo Serra tem um problema um pouco mais complicado para gerir: o ego dos pré-candidatos a deputado estadual e federal da cidade em 2018.

A guerra de egos é o assunto mais comentado nas rodas de bastidor político da cidade. A efervescência do fogo amigo entre integrantes do governo Paulo Serra começa a transbordar das paredes da prefeitura para os grupos do poder no legislativo.

Almir Cicote (PSB), Ailton Lima (SD), Edson Sardano (PTB) e  Rautenberg são alguns nomes que já se colocaram como pré-candidatos e lutarão pelo apoio do governo para suas candidaturas. Porém, correm por fora de forma discreta o vereador Jobert Minhoca (PSDB), Marcelo Chehade (PSDB) e até mesmo o tucano André Scarpino.

Há também os candidatos do grupo liderado por Orlando Morando e o nome mais forte até o momento é do executivo do Consórcio Intermunicipal, Fabio Palacio (PR).

Mas como bem sabemos, o governo não terá perna para apoiar tantos nomes assim, e aí que está o problema. Cicote preside a Câmara Municipal e caso se sinta escanteado pelo governo, poderá levar problema no andamento dos projetos do executivo na casa.

Ailton Lima que foi bem votado para prefeito, caso seja preterido nessa disputa, poderá romper seu acordo com Paulo Serra e voltar para a fila dos candidatos a prefeito em 2020.

Já o secretário de Segurança, Edson Sardano pode gerar um desarranjo na base do governo, já que sua permanência na secretaria garante o vereador Marcos Pinchiari na cadeira de vereador. E manter Pinchiari no legislativo foi um dos únicos acordos firmados por Paulinho após as eleições.

O caso é que Paulo Serra poderá usar as candidaturas de 2018 como escudo e arma politicamente. Ele poderá tanto fomentar a disputa e fazer uma limpa dentro de sua casa, ou gerenciar os conflitos e tentar equalizar os estragos após as eleições.

Vai ser um capítulo a parte nessa novela política de Santo André.

Acompanharemos.

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Redação do site Bastidor Político. Veículo criado em 2016 com intuito de levar os bastidores da informação.

1 COMMENT

  1. Eles só estão esquecendo que suas bases ou apoiadores estão para estourar já que lhes foram prometidos empregos ,muitos deram o sangue para que TDS chegassem ao poder e alguns estão passando nessecidade esperando a tão sonhada portaria , Será que terão coragem para pedirem apoio.

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