Defesa Civil de São Caetano resgata coruja presa em linha de pipa no Bairro São José

A Defesa Civil de São Caetano realizou na manhã de sexta-feira (7/6) um resgate delicado e cheio de desafios, já que uma coruja ficou presa num emaranhado de linha de pipa, nos fios de alta tensão, no Bairro São José. Moradores que observaram a coruja em perigo ligaram para o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergência), que prontamente acionou os profissionais da Defesa Civil para realizarem o resgate da ave.

Em pouco tempo, já no local, a equipe da Defesa Civil libertou a coruja sem incidentes. Em meio ao resgate, a equipe entrou em contato com o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) para agilizar os primeiros socorros à ave, que foram realizados no Hospital Municipal Veterinário. Já devidamente medicada, a coruja foi encaminhada à Escola Municipal de Ecologia Jânio da Silva Quadros.

“A coruja foi examinada e constataram que apenas uma pena estava fraturada. Agora, na escola de Ecologia, ela ficará o tempo necessário de recuperação total até ter totais condições de ser solta à natureza novamente”, explicou o veterinário e coordenador do CCZ, Fábio Bertola Agostini.

Na segunda-feira (10), a coruja foi transferida para o Parque Estoril, em São Bernardo do Campo, onde vai finalizar sua recuperação e será reinserida na natureza.

NÃO ÀS LINHAS CORTANTES

O incidente de sexta-feira com a coruja levantou um alerta importante por parte da Defesa Civil e da Seseg  (Secretaria de Segurança) para os praticantes de pipa, especialmente aqueles que utilizam linhas cortantes.

A prática de soltar pipa com cerol ou outras substâncias cortantes pode causar danos, não apenas às aves, mas, também, representar sérios riscos à população, mais especificamente motociclistas, que podem se ferir seriamente caso sejam cortados por uma linha destas..

A utilização inadequada de pipas, especialmente com linhas cortantes, é proibida por leis municipais (Leis nº 3.440/95 e 5.918/20) e estaduais, que também vetam a comercialização de cerol. Por isso, esta prática, ilegal, pode levar os responsáveis a serem conduzidos à delegacia, onde poderão responder pelo Artigo 132 do Código Penal (expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente). A pena prevista é de detenção de três meses a um ano, caso o ato não configure um crime mais grave.

“Através do sistema de videomonitoramento do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), a Seseg (Secretaria de Segurança) e as Forças de Segurança estão atuando, diariamente, no combate às práticas ilegais de comercialização de cerol”, finalizou o secretário Sallum Kalil Neto.

Samuel Boss
Iniciou sua carreira na criação do Blog do Vereador que se transformou no jornal de sátira política, Quarta Ordinária. Escreveu para os jornais Estação Notícia, Repórter Diário e Opinião Pública. Foi editor do Jornal A Voz de Ribeirão Pires e criador da TV São Caetano. Teve programas na TV+, EcoTV, TVABCD, Repórter Diário e Rádio ABC.
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