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Desafios na Saúde de São Caetano: Médicos Aumentam a Pressão para Reduzir tempo de atendimento

A administração do prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PSD), que tem como secretário de Saúde Guilherme Crepaldi Esposito, está forçando os médicos da rede pública a diminuir em 25% o tempo de consulta por paciente, passando de 20 minutos para no máximo 15 minutos. A meta é aliviar a demanda reprimida por atendimento básico e primário. Durante os meses de junho e julho, o líder do Executivo realizou mutirões para diminuir as filas na clínica geral.

De acordo com médicos consultados pelo Diário sob condição de anonimato, a meta deles é atender no mínimo 672 pacientes agendados mensalmente, além de atender a pedidos de última hora.

Para ‘incentivar’ o alcance do objetivo, são concedidos bônus financeiros aos médicos com base no número de horas trabalhadas e pacientes assistidos. A Secretaria de Saúde encaminhou uma circular para os profissionais que trabalham na rede primária e na estratégia da Saúde da Família. O Diário teve acesso às determinações, e os bônus podem variar de 8% a 15% do rendimento mensal. Em média, cada médico recebe mensalmente cerca de R$ 12 mil.

Ademais, alterações no sistema de marcação de consultas têm complicando a readmissão de pacientes. Antes, as agendas estavam disponíveis nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e, dependendo da orientação médica baseada na condição de saúde individualizada do paciente, o profissional poderia incluí-lo para acompanhamento na próxima semana ou a cada quinze dias. No entanto, devido à centralização atual, o retorno pode ocorrer em até 60 dias em alguns casos, não necessariamente no mesmo equipamento ou com o mesmo médico.

De acordo com os médicos, o sistema de marcação de consultas gera desafios tanto para as equipes quanto para os pacientes, já que duas consultas agendadas para o mesmo horário provocam conflitos e desestruturam o cronograma de trabalho. As queixas também sugerem que o propalado prontuário eletrônico, implementado pela administração Auricchio, auxilia no trabalho quando está ativo, mas frequentemente ‘falha’ e fica indisponível por longas horas, forçando os médicos a recorrer a blocos de notas para posteriormente inserir dados no sistema.

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