Pesquisa realizada pelo Ibope aponta crescimento no mercado ilegal de cigarros pelo sexto ano consecutivo: 57% de todos os cigarros consumidos no país em 2019 foram ilegais, sendo que 49% foram contrabandeados (principalmente do Paraguai) e 8% foram produzidos por fabricantes nacionais que operam de forma irregular. Com isso, 63,3 bilhões de cigarros ilegais inundaram as cidades brasileiras. O número deste ano representa um crescimento de 3 pontos percentuais em relação à pesquisa de 2018.
Com isso, pela segunda vez desde o início da pesquisa, a arrecadação de impostos do setor será inferior à sonegação causada pela ilegalidade: R$ 12,2 bilhões contra R$ 12,6 bilhões. Esse valor, se revertido em benefícios para a população, poderia ser usado para a construção de 132 mil casas populares, 25 mil Unidades Básicas de Saúde ou 6,3 mil creches.
Das 10 marcas de cigarro mais vendidas no país, quatro são contrabandeadas. Na liderança do ranking está a paraguaia Eight, que domina 16% de todas as vendas de cigarros. A soma do percentual de participação de mercado das 4 marcas paraguaias mais vendidas no Brasil é o mesmo das seis marcas brasileiras legais mais vendidas (34%).