Agressor de enfermeira em Brasília é funcionário do Ministério de Damares

Entre os episódios de agressão física e verbal protagonizados por manifestantes apoiadores de Bolsonaro, um em especial chamou a atenção pelo paradoxo relacionado a um de seus agressores. Renan da Silva Sena é funcionário terceirizado do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MDH), comandado pela ministra Damares Alves.

Renan agrediu uma enfermeira com palavras e cusparada no rosto. A agressão aconteceu  no  dia do Trabalhador, na sexta-feira (1º), na Parça dos Três Poderes, em Brasília..

Nesse dia, profissionais da área de saúde faziam uma manifestação pacífica, silenciosa, respeitando as regras de  distanciamento social em memória de 55 enfermeiros, técnicos e auxiliares que morreram vítimas do coronavírus.

Conforme publicação do site UOL, nessa terça-feira (5), Renan foi contratado em fevereiro, mas não trabalha deste março.

Renan foi contratado como  analista de projetos socioeducativos. Não parece no trabalho, em atende aos telefonemas ou responde aos e-mails enviados por seus superiores no ministério.

Em contrapartida, tem sido visto como frequentador assíduo de manifestações antidemocráticas,  que pedem fechamento do Congresso, do Supremo Tribunal Federal e a volta da ditaduramilitar.

Renan foi identificado pelo Conselho Federal de Enfermagem do Distrito Federal como um dos três agressores na manifestação que reuniu 60 profissionais, conforme informou o conselho.

O funcionário do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos-Humanos – que o ministério insiste que foi demitido, mas não apresenta provas-, agrediu com palavras e cusparada uma enfermeira por discordar do direito dela em ter opinião diferente da dele.

O Conselho Federal de Enfermagem do Distrito Federal diz que vai processá-lo e aos dois outros agressores, que, a exemplo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), não concordam com o que preconiza a Organização Mundial de Saúde (OMS) e profissionais de Saúde do mundo: o isolamento social como único meio eficaz de controle da pandemia do coronavírus até que haja remédio e vacina  contra a COVID-19.

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