Bolsonaro propõe censura ao cinema nacional ao transferir Conselho Superior de Cinema para a Casa Civil

O presidente Jair Bolsonaro transferiu, nesta quinta-feira, o Conselho Superior do Cinema (CSC) da estrutura do Ministério da Cidadania para a Casa Civil. A mudança foi formalizada ontem, em decreto assinado por ele, durante cerimônia em comemoração aos 200 dias de governo, em Brasília. Na ocasião, Bolsonaro aproveitou para manifestar também sua intenção de mudar a sede da Agência Nacional do Cinema (Ancine) do Rio para Brasília.

A decisão tem viés de censura, pois o presidente usou como argumento a produção do filme Bruna Surfistinha disendo que “não vai permitir” dinheiro público em produções parecidas.

“Agora há pouco, o Osmar Terra (ministro da Cidadania ) e eu fomos para um canto e nos acertamos. Não posso admitir que, com dinheiro público, se façam filmes como o da Bruna Surfistinha. Não dá — afirmou, mencionando a produção que conta a vida de uma garota de programa, de 2011. — Não somos contra essa ou aquela opção, mas o ativismo não podemos permitir, em respeito às famílias”, falou Bolsonaro.

Bolsonaro quer trazer de volta a censura dos tempos da ditadura militar que aprovava ou reprovação filmes, músicas e peças teatrais de acordo com os valores morais do censor.

Bolsonaro defende também a mudança da Ancine do Rio de Janeiro para Brasília.

Diante de tamanho retrocesso a Ancine vai começar a fomentar filmes como “Nada a perder ” que conta a vida do apoiador do governo, Edir Macedo. Breve teremos a vida do Valdemiro Santiago e do dono da Haven, Luciano Hang .

É o fim da arte.

Samuel Boss
Iniciou sua carreira na criação do Blog do Vereador que se transformou no jornal de sátira política, Quarta Ordinária. Escreveu para os jornais Estação Notícia, Repórter Diário e Opinião Pública. Foi editor do Jornal A Voz de Ribeirão Pires e criador da TV São Caetano. Teve programas na TV+, EcoTV, TVABCD, Repórter Diário e Rádio ABC.
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