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Taxa Selic aumenta pela primeira vez no terceiro mandato de Lula

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou ontem um aumento de 0,25 ponto percentual na taxa Selic, elevando-a para 10,75% ao ano. Essa é a primeira alta durante o terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, e o último ajuste havia ocorrido em agosto de 2022.

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, e as centrais sindicais criticaram a decisão. Marinho declarou: “É inacreditável e inaceitável a irresponsabilidade do Banco Central. Agora era a hora de reduzir os juros para estimular empregos e o crescimento econômico, não aumentá-los, considerando que já temos uma das taxas mais altas do mundo. Parece que o Banco Central está agindo contra o país.”

Por outro lado, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, adotou uma postura mais cautelosa. Ele afirmou que só comentaria a decisão após analisar a ata da reunião, prevista para a próxima semana.

A alta da Selic veio após duas reuniões em que a taxa foi mantida, em um período que seguiu uma sequência de sete cortes até maio. Com o novo aumento, o juro real no Brasil, descontando a inflação prevista para os próximos 12 meses, está em 7,33%, conforme dados do site MoneyYou, superando apenas a Rússia (9,05%). A média entre 40 economias pesquisadas é de apenas 0,63%, e o Banco Central estima que o juro neutro do Brasil seja de 4,75%.

A Força Sindical criticou a alta, chamando-a de “prêmio aos especuladores”, e expressou preocupações de que isso prejudicará os mais vulneráveis economicamente, além de complicar as negociações salariais e afetar a produção e o consumo das famílias.

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) também se manifestou, reconhecendo a responsabilidade do Banco Central diante do cenário fiscal e da pressão inflacionária, mas alertando que o aumento dos juros encarece o crédito e dificulta o acesso ao financiamento para as empresas.

Em seu comunicado, o Copom explicou que a decisão foi tomada em um contexto de resiliência da atividade econômica, pressões no mercado de trabalho e expectativas inflacionárias distantes da meta oficial de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto. O colegiado também mencionou uma assimetria altista em seus riscos para a inflação e que as próximas reuniões até o final do ano dependerão da evolução da dinâmica inflacionária e de vários outros fatores econômicos.

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