Alguns votantes que comparecerem às urnas no próximo domingo, 6, poderão se identificar através da impressão digital, mesmo sem terem registrado sua biometria no Tribunal Eleitoral. O TSE obteve informações de entidades governamentais parceiras através do Projeto de Importação de Biometria de Órgãos Externos (BioEx).
O BioEx processa informações provenientes de outras entidades, como a Polícia Civil, a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) e entidades estaduais requisitadas pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TRE). No dia da votação, na zona eleitoral, o caderno de votação apontará os votantes que obtiveram a biometria através do projeto. A pessoa tem a opção de validar sua digital antes de começar a votar e, a partir desse momento, sua inscrição no cadastro eleitoral será efetuada.
Vale destacar que não haverá coleta de biometria durante as votações, mas apenas a verificação das digitais fornecidas pelo BioEx, que poderá ser realizada nos dois turnos. Aqueles que escolherem a validação poderão utilizar o método para se identificar nas próximas eleições.
O BioEx foi estabelecido pelo TSE em 2017 com o objetivo de agilizar o procedimento de registro biométrico da população. De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, mais de 4 milhões de dados biométricos podem ser validados neste pleito. Em relação aos votantes de São Paulo, 91% das informações foram fornecidas pelo Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt (IIRGD). Em 2022, mais de 3,3 milhões de eleitores de São Paulo validaram sua biometria obtida pelo BioEx, o que representa 93% dos eleitores que se beneficiaram do projeto.
O TSE quer cadastrar a biometria de toda população apta a votar até as eleições de 2026. Até agora, 82,7% da população já foi cadastrada. O Piauí lidera o ranking com 94,82% dos eleitores com a impressão digital no sistema da Justiça Eleitoral. Já o Espírito Santo vem por último, com 58,1%. No exterior, 17,8% fizeram cadastramento biométrico.