Após pressão presidente da Alesp proibirá homenagem a Pinochet

Ação de Cauê Macris acontece após pressão da bancada Petista.

O evento seria realizado no mesmo dia em que a morte do general Pinochet completaria 13 anos e também na data em que é celebrado o Dia Internacional dos Direitos Humanos. A anulação da solenidade será publicada na edição desta sexta-feira (22) do Diário Oficial. D’Avila afirmou por meio de sua assessoria de imprensa que pretendia homenagear o ditador por considerar que Pinochet “conduziu seu governo de forma brilhante, impedindo que o cenário ditatorial e violador de direitos humanos cubano e soviético da época se instalasse no seio da sociedade chilena”.

No site da Alesp, o evento foi anunciado de forma diferente. Na agenda publicada por lá, o sobrenome “Pinochet”, pelo qual o ditador era conhecido, foi omitido na descrição da sessão solene. Para informar sobre ela, o redator escreveu: “Ato solene em memória do Presidente Augusto P. Ugarte”. Questionada sobre a omissão do principal sobrenome do general chileno, a assessoria de imprensa da Assembleia informou que a redação da agenda cabe à equipe do deputado que propôs a homenagem. Afirmou também que a Mesa Diretora não tem qualquer influência nesse processo.

Pinochet governou o Chile por dezessete anos, em uma ditadura que resultou na morte de mais de 3 000 pessoas e cerca de 38 000 torturados. Em 1973, as Forças Armadas derrubaram o então presidente Salvador Allende, que acabou se suicidando depois desse episódio. Pinochet morreu em 2006, e chegou a ser preso em Londres em 1998, acusado por crimes contra a humanidade.

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